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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MEC CONFIRMA SUSPEITA DE FRAUDE E SUSPENDE AS PROVAS DO NOVO ENEM...

O Ministério da Educação (MEC) confirmou na manhã desta quinta-feira que não acontecerá neste final de semana a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O motivo da suspensão seriam evidências de que a prova que seria aplicada vazou. Ministro da Educação Fernando Haddad dará uma entrevista às 11h para falar sobre o caso. — Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance — afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1h, por telefone. Segundo o site do MEC, as inscrições para o exame bateram recordes: 4.147.527 de pessoas eram esperadas para realizar a prova no próximo fim de semana. É o maior número de todas as 11 edições do exame, que ocorre desde 1998. No ano passado, foram cerca de 4 milhões de inscritos e quase 3 milhões de presentes no dia da prova. A informação foi revelada em reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo. Um homem teria ligado para a redação pedindo R$ 500 mil em troca da cópia da prova. Após consultar o material para checar sua veracidade, sem se comprometer com sua compra, as infomações foram repassadas por telefone e e-mail para o ministro, e a fraude foi confirmada por técnicos do Inep, órgão responsável pelo Enem. O MEC tem uma outra versão da prova pronta, e pretende aplicar o exame em 45 dias, segundo o Estadão. Como foi a negociação Na tarde de ontem o jornal O Estado de São Paulo foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. — Isto aqui é muito sério, derruba o ministério — afirmou o homem. O jornal consultou o material sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação. O encontro no qual o Estado de São Paulo viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas. — Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego — disse o homem. Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC (Ministério da Educação)". Disse que "não tinha motivação política" e viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo. — Registramos em cartório cópias das provas. Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil. — Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada. Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou. — A gente vende isto aqui até por mais dinheiro — disse, revelando a intenção de procurar emissoras de TV.

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