GRUPO DE ESTUDO TRABALHANDO A NOVA GEOGRAFIA... A GEOGRAFIA DAS RELAÇÕES E DO ENTENDIMENTO.
domingo, 25 de outubro de 2009
NANOTECNOLOGIA...
Duas federais abrem graduação em Nanotecnologia para 2010
Ciência usa estruturas e materiais em escala atômica para manipular propriedades complexas
Lúcia Pires | lucia.pires@zerohora.com.br
Fascinante é poder tocar em algo que ninguém vê. Encontrar soluções tecnológicas que durante muito tempo só podiam ser imaginadas. Que tal um micro-robô agindo na corrente sanguínea? Ou a Bíblia inteira em um espaço menor que a ponta de um lápis? Pois o caminho para a nanociência agora começa mais cedo no Brasil. Em 2010, as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Rio de Janeiro (UFRJ) inauguram graduação em Nanotecnologia, a medida de distância que permite construir microartefatos que prometem revolucionar o futuro.
Nanotecnologia é o uso de estruturas e novos materiais em escala atômica para obter e manipular propriedades mais complexas e específicas de produtos.
A tecnologia já está em discos rígidos e chips dos computadores pessoais. Mas isso é só o começo. Estruturas com dimensões na escala nanométrica (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro) podem ser usadas na fabricação de nanopartículas para atingir células doentes, dar maior funcionalidade aos alimentos, produzir carros inteligentes e menos poluentes, turbinar cosméticos e produzir roupas que prometem perfumar, hidratar e até proteger contra raios ultravioleta.
Para que tudo isso vire realidade, ao alcance da sociedade, não há mais como esperar a formação de pesquisadores em mestrados e doutorados. E a rede federal saiu na frente.
– Em breve, os produtos e os processos nanotecnológicos irão movimentar de forma importante a economia mundial. A graduação é estratégica para o país – diz Rodrigo Capaz, professor do Instituto de Física da UFRJ.
Abrir as portas da nova ciência a quem busca uma profissão é também desafio da UFRGS. Para isso, a instituição desmembrou o curso de Física em quatro bacharelados. E, além da graduação dedicada exclusivamente a Materiais e Nanotecnologia, com 20 vagas, criou a Engenharia Física, que apresenta um currículo voltado para a área, também inédito no Estado.
– Ao ingressar em uma carreira em nanotecnologia, o jovem deixa de ser passageiro para dirigir parte da história – diz o professor Cristiano Krug, um dos criadores do curso na UFRGS.
A professora Marcia Barbosa, diretora do Instituto de Física da UFRGS, aponta as empresas que funcionam na universidade como primeiro emprego aos alunos. A pesquisa também é uma possibilidade no mercado. Para preparar os alunos, cada instituição tem uma fórmula.
Na UFRJ, o currículo possibilitará ao estudante um ciclo básico de dois anos em matemática, física, química e biologia. Só depois, o aluno poderá optar por uma das três ênfases: física, materiais e bionanotecnologia. Na UFRGS, há uma raiz de disciplinas do curso de Física e, a partir do segundo ano, entram as disciplinas específica.
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