GRUPO DE ESTUDO TRABALHANDO A NOVA GEOGRAFIA... A GEOGRAFIA DAS RELAÇÕES E DO ENTENDIMENTO.
sábado, 28 de março de 2009
planos de vestibular único em 2010...
MEC planeja estrear vestibular único em 2010
Ministério apresentou proposta a reitores de universidade públicas, que vão se reunir para debater o assunto
Se depender dos esforços do ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) substituirá as provas tradicionais nas universidades federais já no próximo vestibular. Em reunião com reitores, o Ministério da Educação (MEC) apresentou ontem a proposta do teste único, que seria realizado em todo o país, na mesma data, para selecionar estudantes para ingresso em qualquer universidade federal ou até mesmo em instituições particulares.
Até a próxima segunda-feira, o ministério enviará proposta detalhada à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, entidade que reúne os reitores das 55 universidades federais. Em 15 dias, eles deverão se reunir para debater o assunto.
Haddad tem pressa e gostaria de ver o novo sistema funcionando já este ano, na seleção dos calouros de 2010. Ele diz que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao ministério, está apto a aplicar o exame. A substituição dos vestibulares pelo teste nacional, portanto, só depende de um “pacto político” com os reitores.
Para o ministro, é preciso tomar a decisão antes de junho, a tempo de preparar o novo Enem e aplicá-lo neste ano. Segundo ele, instituições privadas também poderão aderir.
Caso os reitores queiram um prazo de transição ou tenham receio de uma mudança abrupta, Haddad admite a possibilidade de um teste piloto, restrito a uma parcela das vagas ou a um certo número de cursos.
– Meu desejo é que fosse de uma vez por todas – afirmou o ministro.
O presidente da Andifes, reitor Amaro Lins, elogiou a iniciativa do MEC, mas deixou claro que é preciso discutir o assunto:
– Não vejo nenhuma objeção para que isso seja feito. Vai necessitar um grande esforço do Inep e do MEC. As universidades ainda não conhecem a proposta.
Candidatos poderiam fazer provas em outros Estados
Amaro Lins é reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele contou que o mesmo vestibular seleciona os candidatos a três instituições federais daquele Estado: a UFPE, a Universidade Federal Rural de Pernambuco e a Universidade Federal do Vale do São Francisco.
– Queremos que o novo exame corrija as distorções do vestibular e do Enem. Hoje estamos distorcendo o Ensino Médio – afirmou o ministro da Educação.
O novo Enem> O novo Enem seria formado por uma redação e quatro provas de múltipla escolha: português, matemática, ciências naturais e ciências humanas.> A exemplo do Scholastic Assessment Test (SAT) realizado nos Estados Unidos, a pontuação no novo Enem definiria quem fica com a vaga, em qualquer curso. Além disso, um estudante de Roraima que pleiteasse vaga numa instituição do Rio de Janeiro poderia fazer a prova em Boa Vista.> O MEC quer evitar a decoreba e as pegadinhas dos vestibulares, mas não abre mão de cobrar conteúdos do Ensino Médio. Por isso, o novo exame deverá ter formato intermediário entre o atual Enem, que privilegia a avaliação de habilidades e competências, sem maiores preocupações com os conteúdos do Ensino Médio, e o vestibular tradicional. A ideia é que o novo Enem ajude a melhorar a qualidade do Ensino Médio no país, orientando os currículos país afora.> Para virar realidade, o novo sistema dependerá da adesão das universidades. Isso porque elas têm autonomia para definir os critérios de seleção dos estudantes. Hoje, em geral, cada instituição promove seu próprio vestibular. Muitas já levam em conta os resultados do Enem, mas não há uma regra nacional para a aceitação do exame.> O novo teste deverá substituir a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes realizada por calouros e o Encceja, teste de validação de supletivos.
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