domingo, 29 de maio de 2016



Alowwww
Estou retomando os posts em meu blog... ferramenta importante para que a gente possa falar sobre ENEM e VESTIBULARES...
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Olá... estou reativando meu blog... aguardo sua visita... abs

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 21 de julho de 2014


A Velha e Nova Ordem Mundial

Objetivos do Módulo

Ao final deste módulo o aluno deverá:

entender a dinâmica do jogo político da Guerra Fria;
as medidas econômicas e políticas tomadas por EUA e URSS durante o conflito;
o funcionamento da ONU durante e após o fim do mundo bipolar;
os fatores que levaram a derrocada da URSS;
a nova forma de organização política e econômica na Nova Ordem Mundial;
as novas direções geopolíticas do mundo após os atentados de 11/09 e a crise de 2008.

1.
A Velha Ordem Mundial
O conceito de ordem mundial refere-se ao equilíbrio internacional entre países: as grandes potências e suas áreas de influência ou aliados, as disputas ou tensões comerciais, político-militares, culturais e tecnológicas entre os Estados-nações. Dessa forma, a ordem mundial representa o “jogo” geopolítico entre nações no âmbito internacional, ou seja, as relações de poder estabelecidas entre diferentes nações, constituindo uma ordem característica do período vigente. Contudo, essas relações são desiguais, de modo que alguns países possuem certo destaque em relação aos demais em inúmeros aspectos, como, por exemplo, o econômico, o político e o militar.
Anteriormente à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os centros de disputa do poder estavam basicamente no continente europeu, com a expansão das potências, por meio do Imperialismo. Entretanto, após o término da Segunda Guerra, com a derrota das potências do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) e a consequente derrocada das outras potências européias (Reino Unido e França), ocorreram transformações econômicas e geopolíticas no mundo, lavando ao que denominamos de Guerra Fria, que se estendeu até o final da década de 1980.
Essa Guerra Fria surge, oficialmente, para grande parte dos estudiosos, quando os Estados Unidos da América lançam a Doutrina Truman em 1947, que foi uma concessão de créditos para a Grécia e a Turquia, objetivando sustentar os governos pró-ocidente naqueles países, contra uma ameaça de expansão do socialismo.
Cabe, porém, analisar: em que consiste rigorosamente esse conflito? Ele se caracterizou pela formação de um mundo bipolarizado entre os Estados Unidos, líder do bloco capitalista e a União Soviética (URSS), líder do bloco socialista, em que ambos buscavam ampliar suas áreas de influências, estabelecendo a divisão Leste X Oeste ou bloco Ocidental X bloco Oriental.

A Europa da Guerra Fria (anos 1950)

(CHALIAND, Gerard; Rageau, Jean-Pierre. ATLAS DU MILENALE: LE MORT DES EMPIRES 1900-2015. Paris. p. 127.)





O Conflito Leste-Oeste

(LEBRUN. François (Dir) Atlas historique. Paris: Hachette, 2000. p. 50.)

Nesse sentido, tais potências passaram a se apoiar em uma corrida armamentista, objetivando gerar um equilíbrio de forças, uma paridade bélica. O cientista político francês Raymond Aron definiu bem essa situação: “Guerra fria, paz impossível, guerra improvável”. Essa frase exemplifica bem o período, pois o modelo capitalista (EUA) e o modelo socialista (URSS) apresentavam um antagonismo insolúvel. A guerra era improvável devido ao grande poder bélico das nações, o que poderia gerar uma destruição mútua; imperava, assim, uma “paz armada”.
Os conflitos que se seguiram durante a Guerra Fria acabaram ocorrendo nas áreas de influências, com as potências participando de formas distintas, por meio do envio de armas, dinheiro, tropas, como ocorreu nos seguintes conflitos: guerra da Coréia (1950-1953), guerra do Vietnã (1954-1973), guerra do Afeganistão (1979-1988), dentre outros.
É importante destacar que as potências também competiam em outros ramos da economia, ciência e tecnologia com destaque para a corrida espacial, que levou os soviéticos a lançarem o primeiro satélite artificial a ser colocado em órbita, o Sputnik I e, posteriormente, o Sputnik II, com a cadela Laika, o primeiro ser vivo a ser lançado no espaço. Finalmente, em 1961, os soviéticos lançaram o primeiro humano ao espaço, o cosmonauta Yuri Gagárin, comandando a nave Vostok.
Entretanto, foram os EUA que, em 1969, chegaram à Lua com os astronautas Neil Armstrong, Edwin Aldrin Jr. e Michael Collins, abordo do Apolo

11, vencendo essa corrida espacial.
Outros lançamentos se seguiram após a chegada do homem à Lua, mas com uma hegemonia dos EUA.
Diante desses aspectos definidores da Guerra Fria, devemos compreender como ocorreu a organização do espaço geopolítico e geoeconômico durante esse momento da história.

2.
Aspectos Geopolíticos e Geoeconômicos da Guerra Fria

2.1.
Aspectos Geoeconômicos
Apesar de os soviéticos terem lutado do mesmo lado dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, os norte-americanos saíram como os grandes vitoriosos do conflito, já que não tiveram tantas perdas humanas e materiais como os países europeus, especialmente a URSS. Diante desse fato, os Estados Unidos se empenharam na tarefa de reorganizar o mundo capitalista sob sua hegemonia.
As principais medidas estadunidenses adotadas para promover essa organização foram:
Plano Marshall – plano elaborado pelo Secretário de Estado norte-americano, George C. Marshall, tinha por objetivo uma ajuda econômica para acelerar a recuperação econômica dos países da Europa Ocidental, consolidando as economias capitalistas nessa porção da Europa e, com isso, impedir a expansão do socialismo.






(O desenho de Edwin Marcus - Estados Unidos 1885-1961 - promoveu críticas ao atraso na aprovação dos recursos do Plano Marshall, evidenciando o temor do avanço do socialismo em direção a Europa Ocidental).

Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE) – Entidade criada para administrar os recursos do Plano Marshall entre os países europeus em 1948. Em 1961, essa entidade se transformou em Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com a entrada de nações não européias (EUA, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia), traçando objetivos como incentivos ao crescimento econômico, geração de empregos, estimular o comércio multilateral e a estabilidade financeira dos países-membros. Esse grupo é apelidado atualmente, de “Clube dos Ricos”, ocorrendo a entrada também de países em vias de desenvolvimento, como o México, em 1994, República Tcheca, em 1995, Hungria, Polônia e da Coréia do Sul, em 1996 e da Eslováquia, em 2000, com a possibilidade da entrada da Rússia e de Cingapura.
Conferência de Bretton Woods – realizada no Estado de New Hampshire, em 1944, nos EUA. Reuniu 44 nações, com o objetivo de estabelecer os planos para a reconstrução e a estabilidade da economia mundial no pós-guerra. Dentre as principais medidas, temos:
Padrão Dóla-Ouro - Determinou que o dólar passasse a ser lastreado em ouro, tornando-se uma moeda de reserva e de circulação mundial;
Banco de Reconstrução e Desenvolvimento Econômico (BIRD) – Geralmente, chamado de Banco Mundial, sendo de forma análoga o “engenheiro do capitalismo”, pois sua função era promover o financiamento da reconstrução dos países arrasados pela guerra, além de financiar a longo prazo o desenvolvimento dos países membros;
Fundo Monetário Internacional (FMI) – Seria o “enfermeiro do capitalismo”, já que sua função estaria atrelada a cuidar da estabilidade financeira dos países membros, por meio de empréstimos a curto prazo, no caso de dificuldades econômicas enfrentadas por eles. O FMI passou a cuidar, também, da estabilidade nas taxas de câmbio e pela paridade e conversibilidade das moedas dos países participantes, sempre tendo o dólar como padrão referencial.
Plano Colombo – Plano que se assemelha ao plano Marshall, no entanto, de menor porte e destinado ao Sul e Sudeste Asiático.
Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT – General Agreement on Tariffs and Trade) – Acordo comercial que visa regulamentar as leis internacionais de comércio, com o intuito de dinamizar e acelerar as transações comerciais, combatendo medidas protecionistas. Essa questão do comércio será aprofundada no módulo sobre Globalização.

Os soviéticos, em contrapartida, adotam uma medida econômica que também visa estimular o comércio e a integração das suas repúblicas com os Estados Satélites e demais áreas de influências, denominado COMECOM (Conselho para a Assistência Econômica Mútua - 1949), cujos participantes: eram: União Soviética, Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria, Romênia, Mongólia, Cuba e Vietnã. Esse acordo levou a economia soviética a financiar alguns Estados Satélites importantes estrategicamente, como ocorreu em Cuba, sendo a resposta soviética ao Plano Marshall.

2.2.
Aspectos Políticos

Em relação às questões políticas da Guerra Fria, temos que destacar as distintas alianças militares criadas com o intuito de conter a ameaça que uma potência representava para a outra.
No lado capitalista, a principal organização criada com objetivo de conter o avanço do socialismo foi a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949 após o bloqueio de Berlim Ocidental promovido por Stalin (1948-1949), reunindo países da Europa Ocidental capitalista, Estados Unidos da América e Canadá. Cabe lembrar que a Europa foi um dos principais palcos desse momento da história; basta observar a divisão da Alemanha em: Alemanha Ocidental, denominada República Federal da Alemanha (RFA) e a Alemanha Oriental, República Democrática Alemã (RDA) e a divisão de Berlim por meio de um muro, um dos grandes símbolos desse período.













A Alemanha dividida após a Segunda Gurra Mundial

(DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris, 2001. p. 103.)

Imagem do Muro de Berlim


A expansão da Otan

(SMITH, Dan, The penguin atate of the wold atlas. 7.ed. Nova York: 2003, p. 19.)

Além da OTAN, os Estados Unidos realizaram outros acordos militares bilaterais, como a Anzus, que engloba EUA, Austrália e Nova Zelândia. Em 1954, foi criado também o maior pacto militar asiático: a Organização do Tratado do Sudeste da Ásia (Seato ou Otase), formada por países do Anzus, França, Reino Unido, Filipinas, Tailândia e do Paquistão. Por fim, é importante destacar o Pacto de Bagdá que reuniu os aliados do Oriente Médio, com a participação do Reino Unido, Turquia, Iraque, Irã e Paquistão. Em 1958, o Iraque se retira do pacto, que passa a ser denominada Organização do Tratado Central (Cento). Em 1979, após a Revolução Islâmica, o Irã também se retirou da aliança.
A URSS, em contrapartida, também criou sua aliança militar em 1955, denominada Pacto de Varsóvia, com os soviéticos delimitando suas áreas de influência e seu principal mercado de armas.

As alianças da Guerra Fria

(Varrod, Pierre. Atlas gopolitique et culture: dynamiques du monde comteporain)


2.2.1
Organização das Nações Unidas (ONU)

Em termos internacionais, as potências vitoriosas da guerra tentam reorganizar o mundo politicamente. Assim, na Conferência de São Francisco, realizada em 1945 nos EUA, foi criada a ONU, com o objetivo de preservar a paz e a segurança no mundo e promover a cooperação internacional para a resolução de problemas econômicos, sociais, culturais e humanitários.
Com a aprovação da Carta de Princípios, com 111 artigos, ocorreu a substituição da Liga das Nações, criada no pós Primeira Guerra Mundial.
Atualmente, a ONU conta com vários órgãos como FAO, UNESCO, OIT, entre outros. No entanto, os dois órgãos mais importantes são a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança.
A Assembleia Geral é formada pelas delegações dos países membros (192 em 2012), responsável por se reunir anualmente, podendo haver sessões de emergência, realizando recomendações para o Conselho de Segurança. A Assembleia não pode decidir sobre questões de segurança e cooperação internacional. Já o Conselho de Segurança é o órgão mais importante da ONU, sendo formada por 15 países. Dez deles são eleitos a cada dois anos e cinco são membros permanentes com o poder de veto, ou seja, uma ação só poderá ser adotada mediante consenso entre esses cinco países, que são: EUA, China, Reino Unido, França e Rússia (que substituiu a URSS). Esse conselho pode realizar investigações em conflitos internacionais ou dentro de um país, propor soluções diplomáticas e realizar bloqueios econômicos, e, em último caso, determinar uma ação armada.
Durante a Guerra Fria, a atuação da ONU foi paralisada pelo mecanismo de veto utilizado pelas potências dominantes, quando sentiam seus interesses prejudicados.
No entanto, com o fim do conflito, a ONU passou a atuar, a partir da década de 1990, com destaque para a Guerra do Golfo em 1991, intervenções na Somália, Haiti, pacificação em Kosovo em 1999, entre outras ações.
Em 1995, nas comemorações dos 50 anos na organização, novas propostas foram levantadas para uma possível reformulação do Conselho de Segurança, que passavam a incluir as potências econômicas que foram derrotadas na Segunda Guerra Mundial – Alemanha e Japão e a entrada das potências regionais – Brasil, Índia e África do Sul.
Contudo, alguns membros do conselho não estão muito inclinados a realizar essa reforma. Caso essa medida seja aprovada, outro problema poderá surgir: a vaga destinada à América Latina colocaria o México e a Argentina como rivais do Brasil, na África, o Egito disputaria essa cadeira com a África do Sul e, na Ásia, o Paquistão, eterno rival Indiano, não admitiria perder essa vaga.
É importante salientar que, após a Guerra do Iraque de 2003, quando a Coalizão Militar liderada por EUA e Reino Unido, desrespeitou a determinação do Conselho de Segurança de não invadir o Iraque, ocorreu um retorno ao unilateralismo, levando a uma perda de prestígio da entidade (ONU) no cenário internacional. Tal fato, de certa forma, enfraquece a discussão em torno da reforma do Conselho.

2.3.
O Fim da Guerra Fria

O final da década de 1970 e início de 1980 marcaram o começo do colapso da URSS. Dentre os fatores responsáveis por esse colapso, podemos destacar:
A economia soviética vivia uma grave crise, com problemas de abastecimento, devido ao atraso dos setores agrícolas, de eletrodomésticos, e bens em geral. Tal precariedade se contrapôs aos grandes avanços dos setores bélicos e espaciais, devido à pressão da corrida armamentista, levando essa desigualdade de recursos destinados a cada setor da economia a ser um dos determinantes da queda das taxas de crescimento;
A dificuldade de acompanhar a Revolução Técnico-Científico-Informacional (3º Revolução Industrial) por parte da economia soviética, com exceção dos setores bélicos e espaciais, mostrava a rigidez do modelo soviético perante a flexibilidade do modelo capitalista norte-americano;
Os nacionalismos dentro da URSS como uma questão potencialmente explosiva para a integração do país;
A formação de uma burocracia (elite do partido comunista soviético - nomenklaturas), como uma nova classe exploradora na URSS, que poderia levar à divisão interna do país;

A partir desses problemas expostos, em 1985, Mikhail Gorbachev, um jovem advogado, foi eleito Secretário Geral do Partido Comunista, comandando o país de 1985 até 1991, com o desafio de modernizar e de recuperar o crescimento econômico soviético perdido no final da década de 1970.
Para por em prática seu plano, Gorbachev lançou a Perestoika e a Glasnost. A Perestoika, que significa reconstrução, pode ser entendida como reestruturação (abertura) da economia soviética, que apresentava fraco crescimento econômico. Uma chave principal da Perestroika era reduzir a quantidade de dinheiro gasto em defesa e, para fazer isso, Gorbachev sentiu que a União Soviética deveria: desocupar o Afeganistão, negociar com os Estados Unidos da América a redução de armamento e não interferir em outros países comunistas.
Associada a essa reestruturação econômica, era necessária a adoção de outra medida, nomeada de Glasnost, cujo significado é transparência, que tinha como meta principal fazer o governo do país transparente e aberto para discução, já que, anteriormente, o governo exercia o controle completo da economia. A Glasnost foi, portanto, um processo de abertura política, dando novas autonomias à população, com mais liberdade do discurso - uma modificação radical, visto que o controle do discurso e supressão da crítica do governo tinha sido, anteriormente, uma parte central do sistema soviético. Houve, também, um maior grau da liberdade dentro dos meios de comunicação.
A necessidade da adoção da Glasnost para viabilizar a Perestoika acabou gerando a intensificação de um clima de instabilidade causado por agitações nacionalistas, conflitos étnicos e regionais e insatisfação econômica, um dos fatores causadores da ruína da URSS.
A associação das medidas de reformas com as questões estruturais da URSS levaram a uma série de eventos que provocaram o fim da URSS, tais como:
Queda do Muro de Berlim (1989), abrindo caminho para a reunificação da Alemanha Ocidental (RFA) e da Oriental (RDA) em 1990;
O Fim do Pacto do Varsóvia em Julho de 1991, colocando fim no conflito Leste X Oeste;
A Retirada das Repúblicas Bálticas da URSS, obtendo a independência a partir de 1990;
Fim da URSS em 1991, após a independência de sua principal República (Rússia, liderada por seu presidente Boris Yeltsin), oficializada com a assinatura do Acordo de Minsk (capital de Belarus), entre os chefes de Estado da Ucrânia, Rússia e Belarus. Ocorreu, assim, a criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), composta por 12 das 15 ex-repúblicas soviéticas, sendo uma aliança entre esses Estados independentes, e não um Estado.

3.
A Nova Ordem Mundial

Com o fim da URSS e, consequentemente, do mundo bipolar, o poder deixou de ser medido exclusivamente pela capacidade bélica dos países. A partir de agora, era determinado pela capacidade econômica, tais como disponibilidade de capitais, avanços tecnológicos, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e índices de competitividade. Tais mudanças levaram a uma ordem denominada multipolar, ou seja, com o surgimento de países que lideram essa capacidade econômica, como demonstra o mapa abaixo:



O mundo multipolar


Diante dessas mudanças, a Globalização (que será estudada mais a fundo no próximo módulo) passa a ser a nova forma de expansão do capitalismo, que se tornou dominante após o colapso soviético. Assim, o comércio passou a ser o grande “campo de batalha” das nações, cabendo ressaltar a seguinte passagem:
"O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista. (...) Só que agora essa expansão - e esse é o dado novo - pode dispensar a invasão de tropas, a ocupação territorial, pode abrir mão, enfim, da guerra. (...) A farda agora é o terno e a gravata, pelo menos para os novos "executivos generais". As novas armas são agilidade e eficiência (...)."
(SENE, Eustáquio de & MOREIRA, João Carlos. "Geografia - Espaço Geográfico e Globalização." São Paulo: Scipione, 1998.)

Os grandes pólos de poder econômicos passam a ser:
EUA, líder do NAFTA,
a Alemanha, líder da União Europeia (U.E.) e
o Japão liderando a APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).

Essa nova ordem passou a dividir o mundo em um padrão, denominado Norte X Sul, tendo a riqueza econômica e o desenvolvimento social como padrões de diferenciação. Com essa preponderância do sistema capitalista, temos observado o aumento das disparidades econômicas entre países e dentro dos países. Essa Nova Ordem Mundial tem se caracterizado pela ampliação das desigualdades sociais, alargando o abismo entre ricos e pobres, excluindo povos e nações do processo de Globalização.
Outros questionamentos surgem nesse momento de transição: a perda do setor militar como determinante de poder, e o fim da disputa por áreas de influências levou à redução dos conflitos? A resposta para o questionamento é negativa, pois o que observamos foi que os conflitos continuaram a ocorrer, no entanto atrelados a questões étnicas, religiosas, territoriais, sociais, entre outros, e não mais tendo como pano de fundo a disputa entre socialistas e capitalistas. Dentre esses conflitos, podemos citar alguns como:
Fim da Iugoslávia,
Separação da Tchecoslováquia em república Tcheca e Eslováquia,
Conflitos no Oriente Médio, envolvendo os Curdos, os Palestinos,
Conflitos na África, como entre Tutsis e Hutus em Ruanda,
O movimento de Chiapas no México (Exército Zapatista de Libertação Nacional – EZLN), entre outros.

Com isso, percebe-se uma situação paradoxal nessa nova ordem mundial, a ocorrência de fenômenos de fragmentação, associados à formação de novos países, e o processo de mundialização, marcado pela globalização e formação de blocos econômicos, por exemplo.
Contudo, segundo muitos analistas, deve-se entender a nova ordem mundial como uma ordem multipolar dentro de uma ordem unipolar. Tal análise está relacionada com a seguinte interpretação: o mundo, em termos econômicos, é multipolar, com EUA, U.E., Japão e atualmente os países emergentes – BRIC e MIST -, à frente da economia mundial, no entanto, militarmente, o mundo possui apenas uma grande potência (unipolar), no caso os Estados Unidos da América. Tal argumento foi reforçado após os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001, contra o World Trade Center em Nova York e ao Pentágono em Washington.
Esse evento deu início a um momento em que o unilateralismo e o poder bélico retornaram às pautas internacionais. Os EUA, liderados pelo presidente George W. Bush lançaram sua Guerra Contra o Terror, denominada por muitos de Doutrina Bush, que consistia em atacar preventivamente países que, segundo o Pentágono, poderiam abrigar ou apoiar terroristas que ameaçassem a segurança norte-americana e a de seus aliados.





























O mundo Unipolar




Nesse sentido, Bush elaborou uma lista de países considerados inimigos, denominada de eixo do mal, formada por Iraque, Irã e Coréia do Norte. Nessa sua empreitada contra o terrorismo, duas guerras se sucederam, a primeira foi a Guerra do Afeganistão em 2001, logo após os atentados e, em 2003, a Guerra do Iraque, acusado, sem provas, de reter armas de destruição em massa e contatos com a rede terrorista Al Qaeda, responsável pelo atentado de 11/9. Os outros membros do eixo do mal têm representado preocupações para a comunidade internacional, pois a Coréia do Norte já mostrou sua capacidade de produzir armas de destruição em massa, e o Irã, com a reativação do seu projeto nuclear, pode estar visando desenvolver essas armas.
Esse novo cenário apresentado após os atentados levou ao fortalecimento do discurso levantado em meados da década de 1990 pelo historiador Samuel Huntington no seu livro O conflito de civilizações, em que o conflito da Guerra Fria ou o conflito Norte x Sul, estaria sendo substituído pelo embate entre as diferentes civilizações. Muitos acreditam que o conflito entre ocidente e islã é o predominante. Contudo, devemos levar em conta que muitos estados islâmicos, como a Arábia Saudita, o Kuwait, o Egito, o Paquistão e a Indonésia são países islâmicos aliados dos EUA, sendo essa cruzada antiterrorista e não anti-islâmica.
A teoria civilizacional defende que os afins tendem a se aliar contra os rivais, portanto esses afins se unem em torno de um Estado Núcleo que passa a convergir e influenciar os demais. Como exemplos, podemos dizer que os EUA seria o Estado Núcleo do Ocidente, a China da civilização sínica, a Rússia dos ortodoxos, o Brasil, possivelmente líder dos latinos americanos. Algumas civilizações ainda não definiram Estados Núcleos, são os casos das civilizações Africana e islâmica.
A crise financeira de 2008 coloca um novo cenário para o mundo, já que ela afetou as economias centrais dos EUA e da U.E., elevando o poder de participação das economias emergentes, como os BRICS e o MIST, em todas as esferas de poder.
Cabe lembrar que o Choque de Civilizações e a economia medida pelo poder econômico, são só duas das inúmeras analises geopolíticas que surgiram o mundo, pós Guerra Fria. Por tanto não há um única analise da geopolítica do mundo após a bipolaridade, na verdade, o que temos e uma complementação das inúmeras teorias geopolíticas.




O”Norte” o o “Sul” e as civilizações do mundo



Exercícios Resolvidos

Nesta parte, você encontrará importantes questões comentadas e resolvidas pelo autor da apostila. Analise-as com atenção, para entender a lógica de cada tipo de questão referente a este módulo.

(UNICAMP 2000) Octávio Ianni, em seu livro A SOCIEDADE GLOBAL, assim se refere a certos tipos de organizações internacionais: Essas organizações e agências internacionais dedicadas a sanear, orientar e dinamizar as economias nacionais e a economia internacional nascem da crescente convicção de que os sistemas econômicos nacionais e internacionais não são auto-reguláveis.
Dê dois exemplos dessas organizações.
Explique como elas interferem nas políticas econômicas e sociais do Brasil.

Resposta:
FMI (Fundo Monetário Internacional), BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) ou Banco Mundial, OMC (antigo GATT).
Interferem no gerenciamento econômico necessário para atingir metas propostas externamente. Adotam políticas econômicas recessivas e ortodoxas, aceitas incontestes pelo governo.



Comentário:
Os objetivos desta questão era verificar conhecimentos do candidato sobre:
a existência e o modo de operação das agências e organismos internacionais de apoio ou intervenção nos países com problemas econômicos;
os problemas decorrentes do modo de funcionamento destas agências, notadamente os econômicos e sociais.
Esperava-se que o candidato reconhecesse e nominasse agências e organismos internacionais que atuam no sentido de intervir nos países com problemas econômicos. Além disso era necessário o candidato explicitar como essas organizações atuam no caso brasileiro. A intenção era de verificar em que medida os vestibulandos têm acompanhado o debate acerca da atuação desses organismos em países como o Brasil, e a sua compreensão do caráter e das consequências das medidas operadas por esses organismos. O item a da questão solicitava dois exemplos dessas agências ou organizações, porém nem todos os candidatos nomearam corretamente. O FMI e o BM foram os organismos mais citados. Entretanto não foram poucos aqueles que citaram o MERCOSUL, a OTAN, o NAFTA errando portanto esse item da questão. Em geral o candidato que respondia corretamente a primeira parte da questão conseguia também responder o item b que solicitava uma explicação acerca da atuação desses organismos na economia do país.
Os candidatos demonstraram um certo conhecimento acerca das medidas de ajuste estrutural da economia brasileira impostas por essas organizações mas nem todos chegaram a analisar os problemas decorrentes dessas medidas notadamente no âmbito social.
O mapa a seguir representa uma proposta de divisão econômica do espaço mundial.


Caracterize os dois blocos de países de acordo com a divisão proposta.
Qualquer proposta de divisão tem suas deficiências e limitações. O mundo é demasiado complexo para ser simplesmente dividido, em termos econômicos, entre Norte e Sul. Escolha um país da Europa ou da Ásia que tenha características diferentes das do bloco em que está colocado e justifique sua opção.

Resposta:
A questão é baseada em um mapa que passou a ser muito utilizado nos últimos anos (após o fim da Ordem da Guerra Fria), mostrando o mundo dividido em dois blocos: o Norte, formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto pelas nações pobres ou subdesenvolvidas. Essa proposta não obedece a um critério de posição geográfica, pois, cartograficamente, a divisão em hemisférios, feita pela linha do Equador, não é levada em conta.
O bloco Norte caracteriza-se pela predominância de países altamente industrializados, com elevada urbanização, alta renda e boas condições de vida da população. Já o bloco Sul seria composto por nações mais pobres, em sua maior parte não-industrializadas, com baixa urbanização e base econômica agromineradora. Alguns países desse grupo apresentam características um pouco diferentes, pois têm industrialização crescente (embora dependente dos interesses internacionais), explosão da urbanização (sempre acompanhada de graves distorções sociais) e padrão socioeconômico um pouco superior ao do grupo de países subdesenvolvidos tradicionais.
Dentre os inúmeros exemplos que comprovariam as deficiências e as limitações dessa proposta de divisão do mundo, escolhemos os seguintes:
A Albânia é o país mais pobre do continente europeu, com uma base econômica quase totalmente agrária, baixa urbanização e péssimas condições de vida.
A Coréia do Sul, país asiático, inclui-se entre os países do bloco Sul, mas apresenta elevada industrialização, alta urbanização e população com bom padrão socioeconômico.

Comentário:
Nesta questão, bastava o aluno fazer uma interpretação do mapa trazido no enunciado e perceber a divisão estabelecida entre norte e sul e os problemas que ela traz, atentando para as exceções de países subdesenvolvidos no hemisfério norte e de países ricos e industrializados no hemisfério sul.

(FUVEST 2002)
Década de 1960

Década de 1990

(Carnat, 1998).

Analise os croquis cartográficos e caracterize a organização da economia mundial em cada período indicado.

Resposta:
Década de 1960:
1º mundo = países capitalistas desenvolvidos;
2º mundo = países socialistas;
3º mundo = países capitalistas subdesenvolvidos periféricos.

Década de 1990:
Blocos econômicos, economia globalizada, Mercosul, União Européia, APEC.

Comentário:
O aluno nessa questão necessita ter a habilidade de associar os mapas, com suas respectivas datas aos diferentes momentos da evolução histórica nos aspectos geopolíticos e geoeconômicos.

(UFRJ – 2000) O SISTEMA-MUNDO ONTEM E HOJE
Linha de Tordesilhas (aproximada)


Normalmente representada como linha que dividia as terras americanas entre Portugal e Espanha, Tordesilhas tinha, na verdade, alcance mundial, como mostra o mapa anterior. O tratado foi uma iniciativa para evitar conflitos pelo controle do sistema-mundo em formação. Hoje não teria sentido traçar uma nova linha de Tordesilhas, pois as disputas são outras.
Indique o que as grandes potências disputavam na Era dos Descobrimentos e o que elas disputam hoje, para controlar o sistema-mundo.

Resposta:
Naquele momento disputava-se a posse das terras e suas riquezas e o controle das rotas comerciais. Hoje, as disputas dispensam a posse dos territórios e têm por objetivo o controle dos mercados nacionais.

Comentário:
Essa questão exige um conhecimento básico do aluno do processo da Expansão Marítima e o processo que se instalou no mundo após o fim da Guerra Fria, trabalhando o processo de interdisciplinaridade entre história e a geografia.

(UNICAMP 2001) O mapa a seguir representa uma proposta de divisão econômica do espaço mundial.



Caracterize os dois blocos de países de acordo com a divisão proposta.
Qualquer proposta de divisão tem suas deficiências e limitações. O mundo é demasiado complexo para ser simplesmente dividido, em termos econômicos, entre Norte e Sul. Escolha um país da Europa ou da Ásia que tenha características diferentes das do bloco em que está colocado e justifique sua opção.

Resposta:
A questão é baseada em um mapa que passou a ser muito utilizado nos últimos anos (após o fim da Ordem da Guerra Fria), mostrando o mundo dividido em dois blocos: o Norte, formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto pelas nações pobres ou subdesenvolvidas. Essa proposta não obedece a um critério de posição geográfica, pois, cartograficamente, a divisão em hemisférios, feita pela linha do Equador, não é levada em conta.
O bloco Norte caracteriza-se pela predominância de países altamente industrializados, com elevada urbanização, alta renda e boas condições de vida da população. Já o bloco Sul seria composto por nações mais pobres, em sua maior parte não-industrializadas, com baixa urbanização e base econômica agromineradora. Alguns países desse grupo apresentam características um pouco diferentes, pois têm industrialização crescente (embora dependente dos interesses internacionais), explosão da urbanização (sempre acompanhada de graves distorções sociais) e padrão socioeconômico um pouco superior ao do grupo de países subdesenvolvidos tradicionais.
Dentre os inúmeros exemplos que comprovariam as deficiências e as limitações dessa proposta de divisão do mundo, escolhemos os seguintes:
A Albânia é o país mais pobre do continente europeu, com uma base econômica quase totalmente agrária, baixa urbanização e péssimas condições de vida.
A Coréia do Sul, país asiático, inclui-se entre os países do bloco Sul, mas apresenta elevada industrialização, alta urbanização e população com bom padrão socioeconômico.

Comentário:
Essa questão pede, na letra A que o aluno compreenda a nova divisão a partir da nova ordem mundial, entre Norte e Sul, analisando esse novo quadro geoeconômico do mundo. Já na letra B pede para o candidato apresentar uma exceção a essa classificação, havendo uma compreensão da economia e da situação atual dos países.

Exercícios de Fixação

Nesta parte, encontram-se questões discursivas de fixação de conteúdo, que avaliam a compreensão básica do conteúdo deste módulo. Se essa disciplina não é sua específica nas provas de segunda fase, espera-se que, no mínimo, você consiga resolver essas questões com facilidade. Os gabaritos estarão disponíveis apenas na área interna do site, para sua consulta.

(UFSCAR 2004) As fotos retratam símbolos de momentos diferentes da ordem mundial.

A quais "ordens mundiais" os muros pertencem?
Como podemos compreender a existência do Muro de Tijuana no contexto da globalização e do neoliberalismo?

(UFRRJ – 2006) O novo quadro político pós-Guerra Fria hierarquizou o espaço mundial em torno de uma tríade: a União Europeia, os Estados Unidos da América e o Japão. Esses polos são, no mundo globalizado, os centros de gestão e decisão da economia.

A partir do texto e do mapa:
apresente duas razões que fazem desses países pólos de gestão e decisão da economia globalizada.
analise o papel dos "paraísos fiscais" na economia globalizada sob a égide do capital financeiro.


(UNICAMP – 2007) As organizações internacionais podem ser classificadas de diversas maneiras. É possível dividi-Ias, segundo suas finalidades, em gerais e específicas. As primeiras apresentam funções normalmente políticas, como é o caso da Organização das Nações Unidas (ONU). As organizações específicas podem apresentar objetivos diversos, por exemplo: econômicos, como o Fundo Monetário Internacional, ou sociais, como a Organização Internacional do Trabalho. Podem ser divididas, também, segundo seu alcance territorial, em universais, como é o caso da ONU, ou regionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA). Ainda de acordo com seus objetivos, elas podem ser divididas em organizações internacionais de cooperação, caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), ou organizações de integração regional, como a Comunidade Andina e o Mercosul.
(Eduardo Felipe P. Matias, "A humanidade e suas fronteiras: do Estado soberano à sociedade global". São Paulo: Paz e Terra, 2005, p.260.)

Na estrutura organizacional da ONU, há o Conselho de Segurança, que é formado por 15 membros, sendo 5 com assento permanente com direito a veto: EUA, Rússia, França, Reino Unido e China. Qual é a razão de serem esses países os membros permanentes?
Com relação à atuação da OMC, tem havido uma diminuição nas práticas de protecionismo, principalmente por parte dos países hegemônicos? Justifique sua resposta.
Dentre as organizações de integração regional, destaque-se o Mercosul. Explique um dos principais êxitos e um dos principais entraves econômicos ou políticos dessa organização regional.

Os países do Leste Europeu estão sofrendo desde o inicio dos anos 90, um processo de transição da economia planificada para a economia de mercado. Por que, segundo especialistas, essa transição é tarefa bastante difícil?


A nova ordem econômica mundial já não se caracteriza pela competição ideológica entre capitalismo e socialismo. Qual é, então, sua principal característica?

Exercícios Propostos

A seguir, apresentamos exercícios que serão resolvidos em sala pelo professor ou em casa por você, sobre o conteúdo visto neste módulo. Há questões de múltipla-escolha e/ou discursivas, conforme a maior incidência da matéria nas provas de vestibular e no ENEM. Às vezes, colocamos alguma questão de um vestibular antigo, que pode parecer desatualizada. Na verdade, muito provavelmente, trata-se de uma questão muito boa para desenvolver sua capacidade de raciocínio e aprofundar o conteúdo deste módulo. Os gabaritos oficiais destas questões encontram-se no final do módulo.

(UERJ 2010) Em 2008, pela primeira vez desde 1880, os países ricos passaram a representar menos de 50% da produção mundial.


Participação no produto mundial bruto

(www.cartanaescola.com.br.)

Apresente dois fatores que explicam o elevado desempenho econômico dos BRIC, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, nos últimos dez anos.

Apresente também duas consequências, uma geopolítica e outra ambiental, dessa nova realidade econômica mundial.

(UNICAMP – 1996) A queda do muro de Berlim, ocorrida no dia 09 de novembro de 1989, pode ser considerada como um marco que separa duas épocas: a época de vigência da Ordem da Guerra Fria, e a época da assim chamada Nova Ordem Mundial.
Explique o que foi a Ordem da Guerra Fria.
Como a chamada Nova Ordem Mundial se diferencia da Ordem da Guerra Fria?

(UERJ 2010) Falamos a todo momento em dois mundos, em sua possível guerra, esquecendo quase sempre que existe um terceiro. É o conjunto daqueles que são chamados, no estilo Nações Unidas, de países subdesenvolvidos. Pois esse Terceiro Mundo ignorado, explorado, desprezado como o Terceiro Estado, deseja também ser alguma coisa.
(ALFRED SAUVYFrance-Observateur, 14/08/1952.)
Com essas palavras, o demógrafo e economista francês Alfred Sauvy caracterizou, na década de 1950, a expressão Terceiro Mundo.

No contexto das relações internacionais a que se refere o texto, esse conceito foi utilizado para a crítica da:
luta pela descolonização
expansão do comunismo
bipolaridade da Guerra Fria
política da Coexistência Pacífica

(PUC-CAMP) Muito embora o comércio mundial esteja sendo constantemente reformulado por novas alianças e associações entre países, é possível perceber que ainda persistem "antigas áreas de influência comercial", dentre as quais podem ser citadas:
os fluxos entre a Austrália-Nova Zelândia e o sul da África e as estreitas ligações entre Estados Unidos e América Latina.
as trocas entre o Extremo Oriente e a América do Sul e os fluxos entre a Europa e o norte da África.
o intercâmbio entre a Europa e suas ex-colônias africanas e asiáticas e o fluxo comercial entre Estados Unidos e América Latina.
as estreitas relações entre os Tigres asiáticos e a América Anglo-Saxônica e os fluxos comerciais entre as repúblicas da CEI e a China.
o intercâmbio entre os Tigres Asiáticos e o Oriente Médio e as trocas entre o Japão e a América Latina.

(UERJ 2010) Evolução do Produto Nacional Bruto – PNB por habitante

( El Atlas de Le Monde Diplomatique II. Buenos Aires: Capital Intelectual, 2006)



Em finais do século XX, o processo de expansão do mercado mundial incorporou novos territórios, em virtude de diversos eventos políticos e econômicos.
No caso dos países constantes do gráfico, o padrão de evolução do PNB per capita pode ser explicado por problemas associados a:
processo de unificação territorial violento
crise mundial originada nos Estados Unidos
encarecimento dos serviços da dívida externa
transição da economia socialista para a capitalista

(ENEM 2010)
OG-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacionais de decisão e consulta.
(ALLAN, R. Crise global. Disponível em: http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br.Acesso em: 31 jul. 2010)

Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), termo criado em 2001 para referir-se aos países que
apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas.
possuem base tecnológica mais elevada.
apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados.
apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.
possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.

(UFMG) Atualmente, o centro das decisões econômicas mundiais não é nem único, nem duplo, mas sim múltiplo.
Esta afirmativa pode ser considerada correta
porque a Europa ocidental se tornou a primeira potência econômica mundial a partir do programa de unificação desenvolvido pela CEE.
porque a ex-URSS, caracterizada pela riqueza de recursos naturais, forte poderio militar e ideológico, teve sua estrutura política, social e econômica fragmentada.
porque as atuais decisões econômicas mundiais são determinadas pela estratégia política e econômica de oligopólios rivais.
porque o Japão exerce uma posição econômica soberana baseada na elevada capacidade produtiva de sua população e na grande adaptabilidade do seu sistema econômico-social.
porque os Estados Unidos são a primeira potência econômica, científica e tecnológica do mundo, o que lhe permite implantar e gerenciar as principais decisões econômicas mundiais.

(UFSCAR – 1998) Existem controvérsias a respeito da nova ordem mundial. Para uns, ela seria uni ou monopolar; para outros, ela seria multipolar. Considere o exposto e assinale a alternativa que é indiscutivelmente correta.
O poderio militar norte-americano, sem competidores, é um argumento a favor de definição da nova ordem como multipolar.
A unificação européia, a recuperação econômica do Japão e a enorme expansão da China são fatores que pesam a favor do argumento da monopolaridade da nova ordem mundial.
O avanço da globalização fortalece a idéia de um mundo unipolar.
O sucesso da primeira guerra do Golfo, de 1991, sugeriu, momentaneamente, que os Estados Unidos poderiam desempenhar o papel de superpotência solitária e com uma estratégia unilateral.
O fato de alguns países - Japão, Índia, Brasil e África do Sul - pleitearem uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU é mais um indicador da monopolaridade no sistema internacional.

(FUVEST – 2007) O mundo tem vivido inúmeros conflitos regionais de repercussão global que, por um lado, envolvem intervenções de tropas de diferentes países e, por outro lado, resultam em discussões na Organização das Nações Unidas.

Considere as seguintes afirmações:
Povos primitivos precisam ser tutelados pela diplomacia internacional ou reprimidos por forças de nações desenvolvidas, para que conflitos locais ou regionais não perturbem o equilíbrio mundial.
Razões estratégicas, de localização geográfica, de orientação política ou de concentração de recursos naturais, fazem com que certas regiões ou países sejam alvo de interesses, preocupações e intervenções internacionais.
Diferenças étnicas, culturais, políticas ou religiosas, com raízes históricas, têm resultado em preconceito, desrespeito e segregação, gerando tensões que repercutem em conflitos existentes entre diferentes nações.

O envolvimento global em conflitos regionais é, corretamente, explicado em
I, apenas.
II, apenas.
I e III, apenas.
II e III, apenas.
I, II e III.

(UFRRJ – 2001) "... os líderes da OTAN devem esboçar um programa claro para a expansão da aliança em direção leste, para incluir os Estados da Europa central e do leste e a ex-União Soviética, especialmente a Rússia democrática. Se isso não acontecer, a aliança mais bem-sucedida na história se destina a seguir o caminho da ameaça que a criou, que a levaria para a lata de lixo da história.
As populações da Rússia, da Polônia, da Hungria, da República Tcheca e das outras democracias emergentes serão as espectadoras mais atentas e mais importantes da cúpula da OTAN. Elas esperam que a OTAN lhes ofereça uma chance para se juntar à aliança ..."
(BAKER III, James A. "Folha de São Paulo", 1993.)

As considerações de James Baker, ex-secretário de Estado do governo Bush, só poderiam mesmo ser feitas na década de 1990, em função
da existência relativamente recente da OTAN, surgida no final da década de 1980.
da inviabilidade desse tipo de expansão da OTAN, durante a Guerra Fria.
de que essa intenção da Rússia democrática era impedida pela ex-União Soviética.
de que inicialmente essa aliança envolvia apenas os países da Europa central.
de que a aliança, quando criada, envolvia apenas os países da Europa oriental.

(CFTCE – 2005) A tese de que vivemos num mundo unipolar ganhou força após os ataques de 11 de setembro de 2001, episódio que levou os Estados Unidos à guerra no Afeganistão em 2002 e, em seguida, em 2003, à guerra contra o Iraque, para depor Saddam Hussein, mesmo sem a legitimação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Essas medidas refletem a chamada Doutrina Bush, que consiste em desencadear ataques preventivos contra países que, segundo o Pentágono, podem abrigar ou apoiar terroristas e ameaçar a segurança norte-americana. Além do Afeganistão e do Iraque, já atacados, constam da lista do Pentágono, entre outros, ___________ e __________, países que compõem o chamado eixo do mal, no linguajar maniqueísta e belicista do presidente Bush.



Esses países são:
Cuba e União Soviética
Japão e Coréia do Norte
China e Coréia do Sul
Irã e Coréia do Norte
Cuba e China

(UNIFESP – 2004) Analise o mapa.



Na perspectiva dos Estados Unidos da América, os países assinalados no mapa
formam o conjunto de novos países industrializados que receberam investimentos do país para se desenvolverem.
pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, que estabelece o valor do óleo bruto no mercado internacional.
participam da Liga Árabe, que difunde pelo mundo o islamismo como doutrina política e religiosa.
integram o Eixo do Mal e promovem ações terroristas para diminuir a influência do Ocidente no mundo.
constituem o principal bloco econômico do mundo árabe e comandam o diálogo com o país e o desenvolvimento da região.

(UFSM 2001) A nova ordem geopolítica mundial, que tem prevalecido ao longo da década de 90, caracteriza-se pela
ascensão de uma ordem bipolar, marcada pela rivalidade entre dois tipos de economia - a planificada e a de mercado - e pela oposição Leste × Oeste.
disputa militar, política, econômica e ideológica entre as duas superpotências mundiais, a fim de aumentar as suas zonas de influência.
rivalidade/parceria entre os três pólos ou centros econômicos e tecnológicos e pelo agravamento das disparidades entre os países do norte, ricos, e os países do sul, pobres.

Está(ão) correta(s):
apenas I
apenas I e II.
apenas III.
apenas II e III.
I, II e III.
(UFPEL – 2005) Com o fim da Guerra Fria, estabeleceu-se uma "nova ordem mundial" que substituiu o conflito "Leste-Oeste" do sistema bipolar por uma nova divisão dos países do mundo. Uma das formas de organização dessa nova ordem apresenta o mundo dividido entre países do Norte, desenvolvidos (ricos) e do Sul, subdesenvolvidos (pobres).
O mapa a seguir mostra a divisão do mundo sob a ordem "Norte - Sul".

Mapa do Mundo com a divisão “Norte . Sul”

(Sene, 2005.)

Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos, é correto afirmar que:
existe, nos países do Norte, desenvolvidos, uma distribuição eqüitativa entre as populações rural e urbana, sendo a sociedade de consumo altamente expressiva.
a desigualdade entre algumas regiões é cada vez maior. A África subsaariana, por exemplo, está cada vez mais afastada da economia global, apesar de despertar interesse como região consumidora e opção de investimento de capital especulativo.
o chamado conflito "Norte x Sul" é de natureza econômica, portanto, diferente do extinto conflito "Leste x Oeste", de natureza geopolítica.
governos de países em desenvolvimento, com finalidade de aumentar a sua capacidade de negociação com os países do Norte, nos organismos internacionais, têm buscado ampliar a cooperação Sul-Sul, através da constituição de associações como a ALCA e o NAFTA.
a demarcação Norte-Sul, apesar de ser de natureza essencialmente geopolítica e econômica, estabelece também uma divisão entre duas áreas ecológicas, a temperada e a tropical.

(UERJ 2012) Nessa forma de organizar o Estado, o sistema habilita o governo central a representar as várias entidades territoriais que possuem interesses em comum – por exemplo, defesa, relações exteriores e comunicações – e permite que essas entidades mantenham suas próprias identidades, suas próprias leis, planos de ação e usos em diversos campos.
(GLASSNER, Martin I. Geografía política. Buenos Aires: Editorial Docencia, 2000.)

O texto acima remete a um elemento importante da organização das sociedades contemporâneas: a dimensão político-territorial.

No caso, a descrição feita no texto diz respeito ao seguinte tipo de Estado Territorial:
misto
federal
unitário
associado
Exercícios de Aprofundamento

As questões a seguir são todas discursivas de nível avançado. Você deve resolvê-las sozinho e levar sua folha de respostas ao _A_Z, para que nossos monitores possam corrigi-las e atribuir uma nota, que servirá de referência para seus estudos.

(FUVEST) Explique a formação da OTAN e do Pacto de Varsóvia no contexto político-militar que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.

(PUC-Rio – 2001) "De fato, a situação mundial se tornou razoavelmente estável pouco depois da guerra de 1945, e permaneceu assim até meados da década de 1970, quando o sistema internacional e as unidades que o compunham entraram em outro período de extensa crise política e econômica. Até então, as duas superpotências aceitavam a divisão desigual do mundo, faziam todo esforço para resolver disputas de demarcação sem um choque aberto entre suas Forças Armadas que pudesse levar a uma guerra e, ao contrário da ideologia e da retórica da Guerra Fria, trabalhavam com base na suposição de que a coexistência pacífica entre elas era possível a longo prazo."
(Eric Hobsbawm, A Era dos Extremos. SP, Cia das Letras, 1997. P.225)

Considerando essa afirmação,
IDENTIFIQUE uma iniciativa tomada pelos Estados Unidos e União Soviética, para a estabilização militar e econômica de suas respectivas áreas de influência.
CITE um exemplo de conflito que, durante esse período da Guerra Fria (1946 - 1973), colocou em risco a estabilidade do sistema internacional.
(UFAL) "Os últimos anos da década de 80 foram decisivos para determinar o final da Guerra Fria."
Apresente pelo menos 4 fatores que explicam esse fato.


(UFES) "O mundo do pós-Guerra Fria é um mundo de polaridades indefinidas, que obedece a duas lógicas: a globalização e a fragmentação."
(CADERNOS DO TERCEIRO MUNDO, 177).

Exemplifique, com dois fatos do mundo atual, a coexistência dos processos de globalização e fragmentação.

(UFSCAR – 2002) A ordem geopolítica mundial que prevaleceu de 1945 até 1991 foi bipolar, marcada pela oposição entre as duas superpotências e pela disputa entre o capitalismo e o socialismo real. Já a nova ordem mundial dos anos 1990 e inícios do século XXI é vista por alguns como monopolar e por outros como multipolar.
Defina o que é uma ordem mundial.
Explique quais seriam os argumentos utilizados pelos que dizem que a nova ordem é monopolar e pelos que afirmam que ela é multipolar.

Folha A_Z_02

Os líderes dos países que integram os Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – encerraram seu terceiro encontro com um comunicado em que pedem conjunta e explicitamente, pela primeira vez, mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto defende reformas na ONU para aumentar a representatividade na instituição, além de alterações no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. Para os líderes dos Brics, a reforma da ONU é essencial, pois não é mais possível manter as formas institucionais erguidas logo após a Segunda Guerra Mundial.
(O Globo, 15/04/2011.)

Uma das principais mudanças no contexto internacional contemporâneo que se relaciona com as reformas propostas pelos Brics está indicada em:
afirmação da multipolaridade
proliferação de armas atômicas
hegemonia econômica dos E.U.A.
diversificação dos fluxos de capitais




















A nova desordem geográfica mundial: uma proposta de regionalização

(LÉVY et al. (1992), atualizado.)
O espaço mundial sob a “nova desordem” é um emaranhado de zonas, redes e “aglomerados”, espaços hegemônicos e contra-hegemônicos que se cruzam de forma complexa na face da Terra. Fica clara, de saída, a polêmica que envolve uma nova regionalização mundial. Como regionalizar um espaço tão heterogêneo e, em parte, fluido, como é o espaço mundial contemporâneo?
(HAESBAERT, R.; PORTO-GONÇALVES. C.W. A nova desordem mundial. São Paulo: UNESP, 2006.)

O mapa procura representar a lógica espacial do mundo-contemporâneo pós-União Soviética, no contexto de avanço da globalização e do neoliberalismo, quando a divisão entre países socialistas e capitalistas se desfez e as categorias de “primeiro” e “terceiro” mundo perderam sua validade explicativa.
Considerando esse objetivo interpretativo, tal distribuição espacial aponta para:
a estagnação dos Estados com forte identidade cultural.
o alcance da racionalidade anticapitalista.
a influência das grandes potências econômicas.
a dissolução de blocos políticos regionais.
o alargamento da força econômica dos países islâmicos.

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram, dia 8 de abril de 2010, em Praga, um histórico acordo de redução de armas nucleares que cortará em cerca de 30% o número de bombas atômicas instaladas em ambos os países. A assinatura do acordo representa o início da concretização de uma das metas do governo Obama, que diz querer ver um mundo livre de armas nucleares.
(http://noticias.r7.com,)
Nos próximos anos, o presidente Barack Obama vai decidir se colocará ou não em operação uma nova classe de armas capaz de atingir qualquer lugar do planeta, lançada do solo dos EUA, com precisão e força suficientes para reduzir a dependência americana em relação ao arsenal nuclear.
(Folha de S. Paulo, 24/04/2010.)
As alterações na política armamentista do governo norte-americano, de acordo com as reportagens, apontam para novas tensões nas relações internacionais.
Essas tensões estão associadas ao seguinte contexto:
cooperação entre China e Índia
crise em países do Oriente Médio
supremacia da Comunidade Europeia
polarização entre as ex-repúblicas soviéticas

Texto I
Charge

(Ricardo,2004.)

Texto II

Na verdade, há ainda uma necessidade imediata mais urgente para os Estados Unidos: a de controlar o petróleo do Iraque (...) Muitas pessoas ficaram surpresas quando o presidente Bush juntou o Irã e a Coréia do Norte no que chamou “ Eixo do mal “.(...) Então , muitas pessoas perguntam: o que estes países têm em comum? (...) A resposta é simples: a) o Iraque mudou o preço do seu petróleo em 2000; b) o Irã ameaça fazer o mesmo; c) a Coréia do Norte mudou para negociar somente com euros; d) a Venezuela retirou parte do seu petróleo do preço em dólar e em vez disso está trocando este petróleo por produtos com outros países do Terceiro Mundo.
(Gunder Frank, A.2003.)

Sobre as circunstâncias geopolíticas do mundo contemporâneo, faça uma análise comparativa da charge com o texto.
Marque a opção que permite uma conclusão a partir daquela análise.
O texto contradiz o diálogo da charge, pois os atentados terroristas nada têm a ver com o desempenho do atual governo venezuelano.
O texto reforça o argumento apresentado na charge, uma vez que interesses geopolíticos e geoeconômicos estão frequentemente interligados.
O texto nega a ideia central da charge, posto que a disputa entre moedas é considerada o fator de confronto entre os países, ao invés do petróleo.
A charge amplia a mensagem do texto, ao isolar a moral e a justiça como as razões norte-americanas contra o governo atual de Caracas.
A charge e o texto justificam o argumento do enfraquecimento das ações geopolíticas estadunidenses nas diversas regiões do mundo.

A Organização das Nações Unidas - ONU - foi criada com o propósito de promover o multilateralismo nas relações internacionais, pautando-se no princípio da igualdade soberana de todos os seus integrantes.
Recursos destinados às Nações Unidas (2003)

(El Atlas de La Monde Diplomatique II, Buenos Aires: Capital Intelectual,2006.)

De acordo com o mapa, o equilíbrio de poder entre as nações que integram a ONU na atualidade é dificultado pelo seguinte aspecto:
poderio militar concentrado nos países asiáticos
sistema de voto proporcional na Assembleia Geral
desigualdade das contribuições nacionais ao orçamento
rotatividade dos países-membros do Conselho de Segurança

(UERJ 2003) Observe a imagem abaixo, do episódio ocorrido nos E.U.A., no dia 11 de setembro de 2001.

A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofeque se tem na História, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos doishemisférios do planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se onvertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada histórica?
ERIC HOBSBAWM (10/09/2011)
www.estadao.com.br
A guinada histórica colocada em questão pelo historiador Eric Hobsbawm associa-se à seguinte repercussão internacional da queda das torres do World Trade Center:
(A) concentração de atentados terroristas na Ásia Meridional
(B) crescimento do movimento migratório de grupos islâmicos
(C) intensificação da presença militar norte-americana no Oriente Médio
(D) ampliação da competição econômica entre a União Europeia e os países árabes
GAB. C
(UERJ 2013) Guerra das Malvinas ainda divide Argentina e Inglaterra após 30 anos
No dia 2 de abril de 2012, o início da guerra pelo controle das Ilhas Malvinas completou 30 anos. O
conflito, que durou dois meses e meio, marcou uma geração de argentinos e britânicos. Para os britânicos, elas são Falkland Islands; para os argentinos, Ilhas Malvinas. No mapa, a distância para o continente sul-americano é pequena. Mas, na prática, a viagem é longa. É um voo por semana, que parte do Chile.
Assim, quem sai da Argentina tem que seguir primeiro para Santiago. Quase oito horas depois, chega-se ao destino. A catedral é anglicana. O pastor prega em inglês, a língua oficial, apesar de o espanhol constar do currículo escolar. Os jovens entre 16 e 17 anos podem ir para a Inglaterra cursar uma faculdade. Tudo por conta do governo britânico. São 3 mil habitantes, 62 nacionalidades, mas só 29 argentinos.
Adaptado de http://g1.globo.com.
Ocupadas pelos britânicos a partir da década de 1830, ainda hoje, como mostra a reportagem, as ilhas mencionadas são alvo de disputas entre Reino Unido e Argentina.
A polêmica sobre o controle dessas ilhas é acentuada, na atualidade, pela seguinte característica da sociedade local:
(A) persistência das rivalidades entre as etnias latinas e europeias
(B) isolamento da economia em contexto de globalização capitalista
(C) vigência de costumes em oposição aos ideais pan-americanistas
(D) valorização do nacionalismo por meio da defesa da identidade cultural
GAB. D
(UERJ 2013)
Rússia e China rejeitam ameaça de guerra contra Irã
A Rússia e a China manifestaram sua inquietude com relação aos comentários do chanceler francês, Bernard Kouchner, sobre a possibilidade de uma guerra contra o Irã. Kouchner acusou a imprensa de “manipular” suas declarações. “Não quero que usem isso para dizer que sou um militarista”, disse o chanceler, dias antes de os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - França, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - se reunirem para discutir possíveis novas sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear.
Adaptado de www.estadao.com.br, 18/09/2007.
O Conselho de Segurança da ONU pode aprovar deliberações obrigatórias para todos os paísesmembros, inclusive a de intervenção militar, como ilustra a reportagem. Ele é composto por quinze
membros, sendo dez rotativos e cinco permanentes com poder de veto.
A principal explicação para essa desigualdade de poder entre os países que compõem o Conselho está
ligada às características da:
(A) geopolítica mundial na época da criação do organismo
(B) parceria militar entre as nações com cadeira cativa no órgão
(C) convergência diplomática dos países com capacidade atômica
(D) influência política das transnacionais no período da globalização
GAB. A
(PUC RIO 2013)

Fonte: http://veja.abril.com.br
PAÍSES QUE PODEM ENTRAR EM CONFLITO, EM 2011

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo
Observando-se os dois cartogramas, chega-se à conclusão de que os países:
(A) europeus são os que mais gastam com armas, mundialmente.
(B) latino-americanos formam a região menos conflitiva do planeta.
(C) mais ricos têm gastos militares para evitar conflitos internos e internacionais.
(D) periféricos em possível conflito na atualidade investem menos no setor bélico.
(E) emergentes africanos, asiáticos e latinos são os que mais compram armas no mundo.
GAB. D
(UERJ 2012) Democracia: governo no qual o povo toma as decisões importantes a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade.
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.)

O conceito de democracia apresentado acima se relaciona diretamente com a prática de:
unidade sindical
socialização da riqueza
estabilidade constitucional
autodeterminação das minorias
GAB. C
Gabarito

As respostas a seguir são os gabaritos oficiais dos Exercícios Propostos (sempre iniciados com a letra "E"). As respostas das demais questões do módulo encontram-se na área interna do site do _A_Z. Caso encontre alguma inconsistência no gabarito, por favor envie imediatamente um email para contato@deaaz.com.br, detalhando o problema.
Resolvido
Resolvido
Resolvido
Resolvido
Resolvido
Guerra fria (muro de Berlim)
Norte rico sul pobre, globalização (muro de Tijuana)
Barreira que tenta impedir a entrada indesejada de populações pobres e mal qualificadas em países mais ricos dotados de sistemas econômicos mais ricos e sofisticados (xenofobia).
A localização de sedes das grandes empresas transnacionais e os mais fortes representantes do setor financeiro - bancos, bolsas de valores, agências de seguro - que têm o controle sobre os investimentos mundiais de capital. Principais centros de pesquisa e de inovação tecnológica, os pontos nodais das redes de transporte mundial e o controle sobre fluxos de informação.
Os paraísos fiscais são locais onde grandes somas de dinheiro entram isentas de impostos e de controle em relação à sua origem. Permitem a lavagem de dinheiro de atividades ilegais, como as do narcotráfico. Facilitam a circulação do capital financeiro.
Eram os países aliados na Segunda Guerra Mundial e constituíam-se em 1945, em potências econômicas, populacionais e estratégicas.
Diante das reivindicações por parte do G20, grupo de países emergentes que se articulou para proteger alguns interesse econômicos, houve uma ligeira diminuição com base em promessas. Recentemente, diminuiu os subsídios do algodão e caiu também, por exemplo, a sobretaxa do aço nos EUA.
Como êxito podemos citar a intensificação das trocas comerciais, principalmente entre o Brasil e a Argentina, com benefícios em alguns setores industriais. Destaque também para a expansão do bloco com a entrada da Venezuela e países associados como Chile e Bolívia. Como entraves podemos destacar os desníveis de produção econômica entre os participantes, com variados graus de dependência econômica e tecnológica.

Devido a grandes vícios no funcionamento dos sistemas desses países, adquiridos no período de planificação econômica, marcado pela excessiva burocratização.

Disputas econômicas entre países e blocos econômicos por mercados consumidores.

Dois dos fatores:
impulso de industrialização
grande mercado consumidor
baixo custo de produção de mercadorias
grande potencial de crescimento do mercado consumidor
atração de grandes volumes de investimentos internacionais
Uma das consequências geopolíticas:
fortalecimento das relações Sul-Sul
consolidação de uma ordem mundial multipolar
formação de novas alianças geopolíticas com as potências emergentes
Uma das consequências ambientais:
agravamento da poluição

aumento da emissão de gases de efeito estufa

domingo, 28 de abril de 2013

GEOTRIP

GEOTRIP 27/04/2013